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O que é Câncer nas glândulas salivares?
OncoCP • abr. 27, 2020
As glândulas salivares são responsáveis por produzir o fluido lubrificante encontrado na boca e na garganta – conhecido como saliva. Por conter diversas enzimas, é ela que inicia o processo de digestão dos alimentos. Além disso, ajuda a prevenir infecções na região, devido aos anticorpos e outras substâncias existentes em sua composição.
Apesar de raro, qualquer pessoa pode desenvolver câncer nas glândulas salivares.
Neste artigo, você vai conhecer mais sobre a doença, seus sintomas e como é feito o diagnóstico.
Boa leitura!
O que é câncer nas glândulas salivares?
É um tumor maligno que se desenvolve em um dos três principais conjuntos de glândulas salivares, que são:
- Parótidas: São as maiores glândulas salivares. Cerca de 70% dos tumores começam aqui, sendo que 80% destes são benignos e apenas 20% malignos;
- Submandibulares: Localizadas abaixo da mandíbula, representam 15% dos tumores, sendo que 50% é benigno e a outra metade, maligno;
- Sublinguais: Estão localizados sob a língua e raramente são acometidas por nódulos, mas quando presentes a maioria é maligno.
As causas da doença não são bem claras. Porém, sabe-se que o tumor ocorre quando as células de uma das glândulas salivares desenvolvem mutações em seu DNA. São essas mutações que fazem com que as células cresçam, se dividam rapidamente e passem a se acumular, formando o nódulo.
O câncer nas glândulas salivares apresenta crescimento progressivo e, geralmente, é assintomático. Porém, conforme ele se desenvolve, pode apresentar alguns sintomas, como:
- Paralisia facial;
- Aumento de linfonodos do pescoço.
Ter uma dessas manifestações não é sinal de que, obrigatoriamente, o paciente está com câncer nas glândulas salivares. Porém, eles são vistos como sinais de alerta, necessitando de uma análise
mais precisa da sua causa.
Como é feito o diagnóstico da doença?
O diagnóstico inicial do câncer nas glândulas salivares é clínico, radiológico, associado a uma biópsia. São analisados os sinais apresentados pelo paciente, principalmente as características do nódulo, a presença ou não de linfonodos suspeitos.
Com a comprovação da existência do nódulo, é necessário realizar uma análise do tecido, a fim de avaliar se ele é benigno ou maligno. Geralmente, isso é feito através da Punção Aspirativa por Agulha Fina (PAAF) guiada por ultrassonografia. Podem ser solicitados outros exames para avaliar a extensão da doença, tais como:
- Tomografia;
- Ressonância;
- Ultrassom.
Através deles, é possível determinar a extensão da lesão e definir o tratamento mais adequado.
Consulte um especialista caso apresente algum sintoma da doença
É essencial consultar um médico ao apresentar algum sinal atípico e que possa ter relação com a doença. Os tumores das glândulas salivares são raros, representam menos de 10% de todos os tumores que afetam a cabeça e o pescoço, mas ainda assim merecem atenção.
Logo, se você sentir um nódulo na região onde estão localizadas as glândulas salivares ou sentir a área inchada, procure um especialista. Ele irá avaliar o seu caso, solicitará a realização dos exames adequados e, se necessário, indicará o tratamento mais apropriado.
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