Blog Layout

Conheça a cirurgia robótica para cabeça e pescoço

dez. 20, 2019
A busca por processos cirúrgicos cada vez menos invasivos para o paciente já produziu a laparoscopia e agora consolida a cirurgia robótica como ótima alternativa para procedimentos oncológicos.

A primeira cirurgia realizada com a assistência de um robô foi em 1985. De lá para cá, a técnica se aprimorou e foi usada em uma grande variedade de tipos de procedimentos, como os urológicos, ginecológicos e cardiotorácicos.

Em 2005, após a ampla consolidação do uso de robôs na sala cirúrgica, foram realizadas as primeiras cirurgias robóticas para cabeça e pescoço. Logo, o leque de procedimentos foi ampliado para incluir também as cirurgias oncológicas na região.

Hoje, essa técnica permite cirurgias mais seguras e menos invasivas. Contudo, não é sempre que ela pode ou deve ser utilizada. Entenda em quais casos relacionados à região de cabeça e pescoço esse tipo de cirurgia é indicado e como funciona esse procedimento.

Saiba em quais casos a cirurgia robótica pode ser utilizada

O uso da TORS, do inglês Transoral Robotic Surgery, ou Cirurgia Robótica Transoral, traz uma série de vantagens para o cirurgião. Ela demanda cortes menores e por isso é menos invasiva. Ela também reduz sangramentos durante o procedimento e o risco de dores e infecções posteriores.

Além disso, a cirurgia robótica também reduz o tempo de internação dos pacientes, proporcionando mais conforto e uma recuperação mais rápida no pós-operatório. Todas essas vantagens fazem dessa técnica ideal para aplicação no campo oncológico, principalmente numa área tão sensível como a cabeça e pescoço.

Quando é indicada?

A cirurgia robótica para cabeça e pescoço é indicada, majoritariamente, para tratamento de doenças que acometem a faringe, mas também tem sido indicada para retirada dos linfonodos (ínguas) do pescoço e nas cirurgias de tireoidectomias.

Os candidatos ideais para esse tipo de cirurgia são pacientes nos estágios iniciais de tumores com envolvimento limitado de nódulos linfáticos no pescoço. Pacientes com certos tipos de tumores na garganta (laringe) também podem se beneficiar do procedimento.

É importante notar que dentre os pacientes que apresentam esses tipos de câncer orofaríngeo, apenas cerca de 20 a 30% deles são considerados ideias para a cirurgia robótica. 

Os pacientes submetidos à TORS se beneficiam do seu caráter pouco invasivo, com a redução de riscos durante o procedimento e proporciona um pós-operatório mais tranquilo e livre de complicações. Além disso, esse tipo de cirurgia, por não envolver corte externo, pode apresentar importante benefícios àqueles que possuem motivação estética, isto é, preferem que não haja um corte visível. 

Entenda quais as possíveis complicações

Como em qualquer procedimento cirúrgico, existem riscos e complicações possíveis. A probabilidade e tipo de risco varia de acordo com qual procedimento será realizado e com a extensão dele.

O mais comum é o risco de sangramento e hematomas após a cirurgia. No caso de sangramento severo, o paciente volta à mesa de cirurgias para conter a hemorragia. 
Há também o risco de infecção pós-operatória, por isso é feito uso de antibióticos nessas cirurgias para reduzir esse risco.

Dependendo do tipo de cirurgia feita, há o risco do paciente apresentar alterações da fala e para engolir, nesse caso o tratamento é realizado no pós-operatório com o Fonoaudiólogo.
Embora menos frequente, também pode ocorrer a fístula salivar, que é quando a saliva vaza da faringe para o pescoço. O tratamento envolve curativos, antibióticos e em alguns casos uma nova cirurgia para o fechamento da área.

Em casos selecionados de tireoidectomia transoral (TORTVA), outro aspecto que merece atenção em relação às possíveis complicações é a perda de sensibilidade do lábio - do terço médio do lábio inferior e da região mentoniana. Há ainda outra complicação, esta porém relacionada ao fato de ser um procedimento realizado por vídeo: e a embolia gasosa.

Saiba quais são os cuidados do pré e pós-operatórios

Para que um procedimento complexo como a TORS seja bem sucedida, é fundamental que o paciente se atente aos cuidados tanto no pré quanto no pós-operatório. Esteja sempre em contato com seu médico e siga suas indicações à risca para evitar quaisquer complicações.

Pré-operatório

O pré-operatório de uma cirurgia robótica se assemelha muito a um pré-operatório cirúrgico comum. Quando for estabelecida pelo seu médico oncologista a necessidade de realizar esse procedimento, ele solicitará uma série de exames específicos para o tipo de cirurgia a ser realizada, incluindo exames referentes à anestesia.

Antes da cirurgia, é preciso realizar o jejum total de, pelo menos, 8 horas. No dia do procedimento, chegue com algumas horas de antecedência para que a equipe de enfermagem e anestesia possa confirmar todos os seu dados antes da operação.

Pós-operatório

O pós-operatório depende do tipo e extensão do procedimento realizado. Pode ser um processo demorado, por isso manejar as expectativas é fundamental nesse momento.

Após a cirurgia, o paciente permanece internado para recuperação e observação de eventuais complicações. Dependendo do tipo de cirurgia, o paciente pode precisar de um tubo de alimentação via nasal. 

Como funciona o procedimento da TORS?

O procedimento da TORS é complexo, mas segue a linha de uma cirurgia comum. O procedimento começa com a anestesia geral que coloca o paciente para dormir.

A partir daí o cirurgião avalia cuidadosamente a extensão da doença e o local da cirurgia. É um dos passos mais importantes, pois quanto melhor a visualização da área do tumor, mais fácil é a realização da cirurgia. 

Em seguida, o robô é posicionado ao lado do paciente e coloca-se uma câmera que possibilita a visão 3D do local e os braço do robô que vão realizar os movimentos feitos pelo cirurgião. O cirurgião não fica na mesa cirúrgica, mas sim no console cirúrgico, onde tem a visão privilegiada que a câmera do robô proporciona e de lá controla os braços do robô.

A precisão dos movimentos que o robô proporciona garante uma cirurgia tranquila, na maioria dos casos. Além da retirada do tumor, o cirurgião faz também uma análise minuciosa na região afetada para garantir que não há mais nenhuma célula cancerígena.

A importância do especialista

Na hora de buscar um cirurgião, é fundamental realizar uma boa pesquisa a partir da indicação de seu médico, para encontrar um especialista no tipo de procedimento a ser realizado, ainda mais se for uma cirurgia com auxílio de um robô.

Tire todas as suas dúvidas e não deixe de buscar uma segunda opinião se achar necessário. A tranquilidade e sensação de possuir todas as informações necessárias antes de passar por um procedimento cirúrgico é essencial para o paciente estar seguro e confiar no profissional.  

Nunca pare de aprender

Áreas de atuação Materiais Educativos Conheça os Especialistas

Agende uma consulta

Tire suas dúvidas

Contact Us

Nos acompanhe 
nas redes sociais

Compartilhe nas redes sociais

Veja todos os nossos artigos


nódulo na tireoide pode ser câncer
Por OncoCP 27 abr., 2020
Saiba em quais situações um nódulo na tireoide pode ser câncer e veja como é realizado o diagnóstico da doença para o melhor tratamento. Clique e confira!
câncer nas glândulas salivares tratamento
Por OncoCP 27 abr., 2020
Saiba como é feito o diagnóstico e conheça os principais tratamentos para o câncer nas glândulas salivares, que dependem da sua localização. Clique e confira!
câncer nas glândulas salivares
Por OncoCP 27 abr., 2020
Esse tipo de câncer pode atingir qualquer um dos três conjuntos de glândulas salivares. Saiba quais são suas causas e como é realizado o diagnóstico da doença.
Veja mais posts
Share by: