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O câncer de boca tem cura?

dez. 20, 2019
Um dos tipos de câncer mais comuns e com um dos menores índices de detecção em estágios iniciais é o câncer de boca. Mais frequente entre pacientes do sexo masculino acima dos 40 anos, é o quinto tipo de câncer que mais acomete os homens no Brasil. Ainda assim o câncer de boca tem cura.

Os tumores na boca, em geral, se iniciam como uma ferida que não cicatriza, mas também pode se originar de uma lesão esbranquiçada ou avermelhada, não dolorosa e persistente, que progride com o passar do tempo.

Para entender melhor todos os tipos, quais os sintomas e como prevenir o câncer de boca, acompanhe o guia a seguir.

O que é câncer de boca?

O câncer de boca se apresenta comumente como uma ferida que não cicatriza, que pode aparecer no lábio ou em quaisquer outras partes da boca.

Existem lesões que são precursoras ou pré-neoplásicas, os dois tipos mais comuns são a leucoplasia, uma lesão esbranquiçada, que não sai a raspagem e que não melhora com o passar do tempo. Essas lesões podem em até 30% das vezes evoluir para um tumor e o outro tipo é a eritroplasia. Esse é o tipo mais de lesão mais raro e perigoso, se apresentando como uma área avermelhada e que também não melhora com o passar do tempo e apresenta maior risco de evolução para câncer.

A melhor maneira de detectar o câncer de boca em seus estágios iniciais e, consequentemente, aumentar a eficácia de seu tratamento é caso de quaisquer alterações como as citadas a cima, e que persistam por duas semanas ou mais, procurar um especialista.
 
Quais são os sintomas e fatores de risco?

Os principais fatores de risco são o tabagismo e consumo excessivo de álcool, ainda mais se estiverem associados um ao outro. Obesidade, exposição ao sol sem proteção e exposição a certos produtos químicos e infecção pelo vírus HPV também podem atuar como fatores de risco. 

Além das feridas, das leucoplasia e eritroplasia como já foi citado, há outros sintomas que essa doença pode acarretar. Surgimento de nódulos, ou caroços, no pescoço devido ao inchaço dos linfonodos e dor ao deglutir são alguns deles. 

Em casos mais avançados do câncer, o paciente pode apresentar dificuldades na mastigação e ao engolir, bem como na fala. É possível ainda que tenha a sensação permanente de que há algo preso em sua garganta, além de notar dificuldades em movimentar sua língua.

É importante frisar que, mesmo sem qualquer fator de risco associado ao seu estilo de vida, ainda é possível desenvolver a doença. Por isso é preciso estar atento a quaisquer mudanças na coloração e machucados na boca e buscar atendimento médico logo que notar.

Prevenção: é possível?

Sim, é possível se prevenir contra o câncer de boca. A principal medida nesse sentido é evitar ao máximo ter hábitos que atuam como fatores de risco, principalmente o tabagismo e consumo excessivo de álcool.

É notado que cerca 95 a 97% dos casos de câncer de boca estão ligados ao consumo do tabaco e álcool. Além disso, é essencial manter boa higiene bucal e buscar atendimento médico sempre que notar uma lesão persistente. 

Entenda a importância do diagnóstico precoce

A cura é possível?

Sim, o câncer de boca tem cura. Contudo, as chances de cura estão diretamente ligadas ao estadiamento da doença. 

O estadiamento consiste na análise médica para determinar a extensão da doença, tanto no local quanto a extensão para os linfonodos ou outros locais do corpo. É uma etapa que vem depois do diagnóstico e é fundamental para se entender como será realizado o tratamento da doença.

Para determinar a extensão do tumor, na fase de estadiamento são feitos vários exames comandados pelo cirurgião cabeça e pescoço, como tomografia computadorizada, Pet Scan, raio x de tórax, endoscopia e laringoscopia, entre outros.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico do câncer de boca normalmente é feito através da história clínica, exame físico, contudo, a confirmação da doença depende de uma biópsia. O procedimento pode, na maioria das vezes, ser feito em ambiente ambulatorial, com anestesia local, por um profissional capacitado para tal.

Após a confirmação pela biópsia, é feito o estadiamento para avaliar a extensão do câncer na região, como explicado acima. A tomografia computadorizada, usada na fase de estadiamento, também pode ser usada pelo cirurgião para avaliar o tratamento mais adequado ao caso.

Como é o tratamento do câncer de boca?

No caso do câncer de boca, o tratamento indicado na maioria das vezes é o procedimento cirúrgico para a retirada do tumor. Isso vale tanto para lesões menores, com cirurgias mais simples, como para lesões maiores, com procedimento mais complexos.

Há também a opção da radioterapia e quimioterapia. São indicadas quando a cirurgia não é possível. Porém, é possível realizá-las também em associação à cirurgia, dependendo do caso, de modo a atingir o melhor resultado possível.

Como é a cirurgia?

A cirurgia para remoção do tumor de câncer de boca depende da localização do tumor. Para cada parte da cavidade oral há um procedimento diferente. Além disso, a extensão do tumor também é um fator importante, pois deve ser feita a total remoção do mesmo, com margens livres.

O procedimento cirúrgico consiste, normalmente, na retirada da área afetada pelo tumor. Em muitos casos, é necessário estender a cirurgia para o pescoço, de modo a retirar os linfonodos cervicais afetados. 

Em alguns casos, é necessário fazer uma traqueostomia de proteção, que consiste em uma abertura da traquéia no pescoço para garantir a respiração. Em geral, é utilizada nas cirurgias mais complexas e com reconstrução, que é a retirada de outras partes do corpo para reconstruir o defeito cirúrgico.

Após a cirurgia, terei sequelas?

Em casos de lesões e cirurgias simples, quase não há a incidência de sequelas. Porém, no caso de procedimentos mais complexos, para a retirada de tumores que afetam áreas maiores, pode haver sequelas no pós-operatório.

As sequelas envolvem a fala, deglutição e respiração, sempre dependendo da extensão da intervenção. É importante deixar claro que, apesar de presentes, as sequelas desse tipo de cirurgia têm tratamento.

O tratamento das sequelas é feito através do acompanhamento com um fonoaudiólogo, para tratar questões da fala e deglutição, odontologistas, tratando alterações nos dentes, gengiva e mastigação, e fisioterapeuta, para tratar dos ombro e possíveis edemas.

Câncer de boca: o diagnóstico precoce pode salvar vidas

O câncer de boca tem cura, mas é fundamental que se faça o diagnóstico precoce para aumentar suas chances. Por isso, vale frisar mais uma vez que a realização frequente do autoexame é a melhor maneira de se prevenir, além de evitar os hábitos que lhe coloquem nos grupos de risco.

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