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Conheça o tratamento do câncer de tireoide

dez. 05, 2019

A tireoide é uma glândula localizada na parte central e inferior do pescoço, próximo ao pomo de adão. Tem o formato de uma borboleta e é responsável por regular a função de órgãos importantes do organismo. O câncer de tireoide é mais comum do que se imagina, entretanto, tem 95% de chances de cura quando diagnosticado precocemente.

Certamente, é importante que o paciente esteja atento aos sintomas que possam indicar o desenvolvimento do câncer de tireoide. Muitas condições podem provocar os mesmos sintomas, por isso, é fundamental que um especialista seja consultado. Confira a seguir mais detalhes sobre a doença, sintomas, formas de tratamento e muitas outras dúvidas.

O que é o câncer de tireoide?

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), em 2018 foram registrados 9.610 casos de câncer de tireoide, sendo que destes, 8.040 foram em mulheres e 1.570 em homens. 

O câncer de tireoide é uma enfermidade que acomete a glândula que tem como função produzir hormônios que regulam o metabolismo. Além disso, a doença se manifesta principalmente com nódulos palpáveis no pescoço, sendo mais comum entre as mulheres e pode ser mais agressiva em pessoas acima de 55 anos.

Os tipos mais frequentes são:

  • os bem diferenciados: papilífero e folicular;
  • os moderadamente diferenciados: medular;
  • os indiferenciados: anaplásico. 
Entenda cada um deles a seguir:

Papilífero

Este é o tipo mais comum de câncer de tireoide e está presente em cerca de 8 a 10 pessoas que têm a doença. As mulheres são diagnosticadas com muito mais frequência do que os homens. Entretanto, normalmente o tumor cresce lentamente e o local mais comum de metástases para os gânglios linfáticos no pescoço. 

A metástase também pode ocorrer nos pulmões ou ossos, porém, isso é raro de acontecer. A taxa de cura deste tipo de câncer de tireoide é muito alta, cerca de 100% em pacientes jovens. 

Folicular

O folicular é o segundo tipo de carcinoma da tireoide mais comum e menos agressivo, porém mais que o papilífero. Além disso, acomete em torno de 10 a 15% dos casos diagnosticados. Entretanto, esse câncer tem um padrão de disseminação diferente ou seja não é tão comum pela via linfática. A doença pode avançar para outros órgãos como pulmões ou ossos.

Também é muito mais frequente nas mulheres do que nos homens, principalmente entre 40 e 60 anos. Aliás, a taxa de cura é muito maior quando ocorre em pacientes mais jovens, cerca de 95%. O carcinoma folicular costuma ser assintomático nas fases iniciais. 

Medular

O câncer de tireoide medular é menos comum do que o folicular e o papilífero, cerca de 5% dos casos. Ele ocorre repetidamente em membros de uma mesma família e necessita de uma avaliação cuidadosa para determinar se outros membros podem desenvolver a doença.

Trata-se de um carcinoma mais agressivo, que se espalha para os gânglios linfáticos no pescoço e outros órgãos mais distantes como fígado, ossos ou cérebro. Quando o tumor permanece apenas na tireoide, o paciente tem mais chances de sobreviver, cerca de 90%. Entretanto, no casos metastáticos as chances curam são menores e variam entre 20% e 70%. 

Anaplástico

Este é o tipo de carcinoma menos comum, cerca de 1 a 2% dos casos, e também é o mais agressivo. Entretanto é chamado de tumor indiferenciado pois, as células cancerígenas não se parecem com as células normais da tireoide sob a visão microscópica. 

O anaplástico invade rapidamente o pescoço e pode se disseminar para outros órgãos. Além disso, ele afeta mais frequentemente os homens do que as mulheres e na sua maioria com mais de 65 anos. Entretanto, as chances de cura são baixas e o câncer de tireoide pode retornar após o tratamento. Além disso, o tempo de sobrevivência é de, em média, 6 a 12 meses após o surgimento da doença.

Principais sintomas do câncer de tireoide

O câncer de tireoide se manifesta através do aparecimento de um nódulo assintomático. Entretanto, ele pode ser facilmente identificado através de um autoexame. Na maioria dos pacientes, a doença não tem sintomas, mas o paciente precisa estar atento às seguintes características:

  • Dificuldade para engolir;
  • Tosse constante sem resfriado ou gripe;
  • Nódulo ou caroço no pescoço crescendo rapidamente;
  • Rouquidão ou alterações na voz;
  • Dor na parte da frente da garganta;
  • Inchaço no pescoço e aumento das ínguas;
  • Dificuldade para respirar.
Se estes sintomas forem percebidos, é recomendado que o paciente procure um médico especialista o quanto antes para diagnosticar a doença. Vale lembrar que essas características também podem significar outros tipos de doença. 

O câncer de tireoide tem alguns fatores de risco que contribuem para o desenvolvimento da doença. Entre eles estão: 

  • Dieta com baixo teor de iodo;
  • Exposição à precipitação radioativa na região do pescoço;
  • Algumas síndromes genéticas. 
Outro fator de risco é em mulheres na faixa etária dos 30 aos 50 anos, que também têm mais chances de ter a doença. Além disso, histórico familiar de câncer de tireoide representa 5% dos casos.

Como prevenir?

Não há uma definição clara na literatura de como prevenir a doença. Para a maioria dos demais tumores de cabeça e pescoço, evitar o cigarro é fundamental para prevenção, principalmente dos cânceres de laringe, faringe e esôfago, além do de pulmão. Além disso, uma alimentação saudável também é fundamental, é recomendado ingerir alimentos de origem vegetal como frutas, legumes, verduras e uma dieta pobre em comidas ultra processadas. A prática de atividades físicas e a manutenção do peso corporal adequado para as características do paciente também são fatores de prevenção. Por isso, é muito importante que o paciente faça exercícios com frequência, pois também ajuda a manter o peso. 

Diagnóstico precoce auxilia nas chances de cura?

Certamente, quanto mais tarde a doença for diagnosticada, menores são as chances de cura. Por isso, quanto antes for detectado o câncer de tireoide, maior é a possibilidade de tratamento. 

Aliás, o diagnóstico pode ser feito por meio de investigação clínica, laboratorial ou radiológica como ultrassonografia. Exames periódicos em pessoas sem sinais ou sintomas, mas que têm os fatores de risco também são formas de diagnosticar a doença. 

Quando detectado o nódulo, é feita uma punção aspirativa, para confirmar o tumor. Na maioria das vezes, a presença de um nódulo pode não indicar o câncer, mas é essencial que seja tratado. 

Como é o tratamento?

O tratamento para o câncer de tireoide inclui cirurgia (tireoidectomia total ou parcial). Na cirurgia, o médico remove parte ou toda a glândula e quando necessário os nódulos linfáticos. 

A técnica vai depender da gravidade da doença. Também há possibilidade de que linfonodos sejam removidos, caso tenham sidos acometidos pela doença.

Para casos selecionados, após o procedimento o procedimento cirúrgico, o paciente pode receber doses de iodo radioativo para destruir qualquer tecido remanescente de células tumorais no corpo. Nos casos de remoção total da glândula, é necessário fazer reposição hormonal, já que com a ausência da tireoide, o organismo não produzirá mais as substâncias essenciais para o corpo.

Conclusão

O câncer de tireoide é uma doença que atinge principalmente as mulheres, sendo mais comuns nos adultos jovens que nas crianças e muito idosos.. O diagnóstico, em geral, é feito por exames de rotina, mas também pode ser por evidência de nódulos no pescoço.

Geralmente, o tratamento é feito de forma cirúrgica, removendo parcialmente ou totalmente a glândula com ou sem a remoção dos linfonodos.. Após a cirurgia de remoção total da glândula, o paciente não tem mais como produzir os hormônios, por isso precisa fazer reposição hormonal pelo resto da vida. 

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